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Obesidade e doenças cardiovasculares - Cardiologia

Obesidade: Uma epidemia anunciada (Adaptado OMS; doutores Luiza Torquato e Flávio Cadegiani)

A OMC declarou guerra contra a obesidade. Uma doença, e não um problema transitório, como muitos podem achar. Dos cerca de quase dois bilhões de adultos no planeta, quase 40%, estão acima do peso normal (contados indivíduos acima de 18 anos). A doença já ganhou, infelizmente o status de epidemia, ou traduzindo, ela ataca uma grande proporção de pessoas.

No Brasil, de cada 5 pessoas, ao menos uma possui sobrepeso.

A doença, segundo declaração da American Medical Association em 2013, vem atacando também as crianças. Mais de 340 milhões, entre cinco anos e a idade adulta de 18 anos, estão em situação de sobrepeso, ou o que é mais alarmante, obesos.

Mais quais as causas ou o que leva diretamente essa calamidade prosperar? Basicamente tem-se uma equação simples. A ingestão de calorias é maior do que as gastas. Isto leva a conclusão que de que o sedentarismo se tornou uma tendência e a boa alimentação ainda não está disseminada de forma correta como uma estratégia ou hábito saudável de vida.

O panorama é aterrorizante. Proliferação de doenças cardiovasculares, principalmente o derrame e o infarto e também a diabetes.

Aumenta também a chance de desenvolvimento de cânceres, como de mama e fígado. Apenas para citar alguns exemplos.

 

Obesidade e Gordura Saturada - Você sabia?

Muitas pessoas já ouviram falar em gordura saturada. Mas de onde vem e o que é?

A gordura saturada é aquela presente em alimentos de origem animal, como a manteiga.

O problema real está na quantidade do consumo de alimentos contendo gordura. Segundo dados da OMS a ingestão diária desses alimentos para crianças e adultos deveria estar na casa dos 10% ao dia. Um exemplo claro. Um homem normal saudável teria uma necessidade de cerca de 2500 calorias. Pela matemática seriam 250 calorias que indicariam o nível máximo de ingestão de gordura saturada.

50g de manteiga, 150g de queijo e 1 litro de leite integral. O teto máximo para consumo. Mas a realidade é totalmente diferente. O café da manhã dos brasileiros costuma ter pães franceses, ricos em muita farinha e queijo, sem falar no leite...na maioria das vezes, integral.

 

É uma equação simples. A estrutura do problema está correlação da alta ingestão de gordura saturada e o aumento de ocorrência de doenças cardiovasculares. A OMS divulgou números alarmantes. 72% dos 54 milhões de óbitos por ano, de pessoas com menos de 70 anos, advém dessas doenças.

O Caso Brasileiro relacionado com a população mundial


A situação brasileira é peculiar. De acordo com o Jornal Correio Braziliense 74% do total de mortes no Brasil provém de doenças cardiovasculares. A principal causa de mortes provocadas por doenças crônicas não transmissíveis.

A prevenção é a chave para frear estes números. Incentivo à atividade física e a ingestão de alimentos saudáveis estão intimamente ligados. Na verdade são estratégias negligenciadas atualmente.

Por outro lado temos o exemplo, em 2011, de um acordo que o Brasil assinou com a Abia (Associação Brasileira de Indústrias de Alimento) para reduzir o teor de sódio nos alimentos.

No caso do México, temos o governo atuando na sobretaxação de refrigerantes, o que resultou numa diminuição considerável do consumo de um alimento não saudável. O Brasil poderia seguir um caminho semelhante.

Mas o grande problema é que a obesidade tem de ser combatida em muitas frentes. Os especialistas dizem que isso envolve muitos fatores, curiosamente, até genéticos. Por trás da obesidade existem fatores biológicos, econômicos, sociais.

É preciso combater a obesidade com prevenção, conscientização e melhora da alimentação da população. Pode-se se falar em políticas públicas que devem ser implementadas pelos governos.

Mas não será fácil. Como foi dito, a sobretaxa de alimentos não saudáveis esbarrará em fatores econômicos, assim como o subsídio para alimentação saudável acarretará custos maiores. Fazer o que foi feito no caso do cigarro, coibindo a propaganda de produtos poderá ser um desafio, pois vai desvirtuar os hábitos de alimentação de muitos indivíduos.

Existe a necessidade mais urgente, de se deixar uma mensagem esclarecedora. A obesidade não se trata apenas de escolhas de alimentos errados, ou maiores ingestões de certas substâncias, como a gordura saturada. Tem a ver com vícios alimentares, sedentarismo, estresse da vida moderna e o não reconhecimento da população, da doença como uma epidemia. O que é resumido, claro, de forma simplista, na simples subtração de energia calórica gasta menos a perdida.

O que está prevalecendo é que a epidemia de obesidade não está dando nenhuma chance de prevenção mais intensa por parte da área da saúde.

Pega-se o exemplo do emagrecimento acelerado. A glorificação das dietas está cada vez mais em moda. Pensar assim é atacar o problema de modo superficial. E quando muito nem passar perto do problema real.

É preciso ver o cenário por uma visão abrangente. A pergunta a ser feita é: o que pode ser melhorado para que a epidemia de obesidade possa ao menos ser travada antes de regredir?que políticas, remédios, ações deverão ser tomadas?

Caso essas perguntas não sejam respondidas, o cenário para o futuro pode ser catastrófico.

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